terça-feira, fevereiro 19, 2013

Pagamentos de quotas e donativos efectuados por transferência bancária


Solicitamos, uma vez mais, aos sócios e amigos que efectuaram donativos ou o pagamento das quotas de 2012 por Multibanco, transferência bancária ou débito em conta e que ainda não receberam o respectivo comprovativo que nos contactem através do e-mail cantinhodosanimais@gmail.com, indicando a data da operação, valor e titular da conta.


Continuamos sem conseguir identificar algumas das transferências, pelo que nos é impossível detectar a origem e enviar os respectivos comprovativos aos sócios e amigos.

Lembramos que é fundamental que mencione o nome ou o seu nº de sócio ou que nos contacte sempre que efectuar algum pagamento de quotas ou donativo por um destes meios.


domingo, fevereiro 17, 2013

Ser voluntária no Cantinho dos Animais de Évora

Testemunho de uma voluntária:

Desde pequena que me ensinaram a gostar de animais. Esse gostar não assentava só no não lhes fazer mal, mas sim no respeito, solidariedade e auxílio.
Ensinaram-me que, quer humanos quer animais, feitos da mesma matéria, sofrem e que é dever de todos a entreajuda.
Deixemos os humanos excluídos da conversa e centremos-nos nos animais… Infelizmente, muito se lê e ouve dizer: “Sou amiga/o dos animais!”, “Há que defender os seus direitos!”, … Eu pergunto-me se, na maioria das vezes, tal frase não está alicerçada no “dizer por ser bonito dizê-lo” e se corresponde realmente às convicções pessoais. É com tristeza que, em observação profunda da sociedade atual, se verifica que se pauta por fachadas.
Mesmo quem não está ligado à causa consegue ter a noção que o abandono animal se alastrou que nem praga e que as atrocidades cometidas contra eles se tornaram banais e não são punidas.
Crise de valores? Maldade? Egocentrismo da nossa parte em nos assumirmos como reis deste planeta, onde podemos fazer o que quisermos sem nos preocuparmos com as outras criaturas com quem dividimos a nossa existência? A resposta esconde-se na sombra...
O Cantinho dos Animais de Évora, é, entre tantas outras entidades, uma associação que luta diariamente em prol dos animais, que, mesmo sem voz, suplicam por ajuda. Se há humanos “inteligentes” para lhes causar sofrimento, felizmente há os que lhes conseguem dar ou pelo menos tentam dar-lhes a vida condigna que merecem. Ainda há os que lutam (e lutam pondo mãos à obra e não através de palavras levadas pelo vento), numa guerra insensata e sem sentido, com as facções desproporcionais, e que fazem jus à qualidade de altruísmo e sacrifício.
Contudo, os “soldados” deste cantinho de refúgio que é o Cantinho, estão na facção com menos militantes. Soldados que, mesmo sem armas, travam uma guerra que parece infindável. A ajuda é imperativa, para que o fosso entre as facções se encurte.

Nessa conjuntura, decidi ser mais um soldado. Não consigo sanar todas as feridas do Cantinho, mas, dentro dos possíveis, tento apaziguar e dar um consolo aos animais que nele se refugiam, que nem vítimas de holocaustos…
Ser-se voluntário suga-nos muita coisa, mas o que nos dá, suplanta a perda. Ser-se voluntário no Cantinho, ainda que esporadicamente, e vê-los a sorrir, mesmo carregando um passado de maus-tratos, torna-se no auge nos dias em que lá vou e perdura por toda a vida.

Adoro ver:
o Spoocky, que me ludibria sempre, tipo jogador da bola a fazer uma finta, e foge da box, a correr e a pular-me para o colo a pedir festas;
o Nissan a mordiscar-me as costas e pernas de felicidade;
a Malaguinha e vizinhas a pularem excitadas com a visita;
o Torres com o seu tamanho de gigante, a brincar com os “anões”;
o Patolas, o Paquito, o Boris e o Baxter a fazerem palhaçadas;
o Mel e o Petiz, “tamanho xs”, a acharem-se tamanho xl;
o Kimbas e as suas mudanças de humor;
o Black a enfiar a sua enorme cabeça dentro do meu casaco para receber festas e mesmo comigo a caminhar, não sai;
a Misha a conversar connosco que nem uma cantora;
a Miuki com pilhas alcalinas de longa duração;
o Weitz, o Misericórdia e o Brumba, “os velhotes”, mesmo de pança cheia, sem caber mais uma migalha, a roubar as latas vazias de comida, quando me distraio e as deixo no chão;
a timidez da Fusca;
o latido de felicidade da Malú;
a Shakira, que se abana mais e melhor que a cantora;
a Laika e a sua paciência para aturar as suas companheiras que só querem brincadeira;
a Buka e a Susie e a postura de “keep calm”;
a doçura da Adora e da Buda;
o olhar da Xaneca;
o penteado sempre na moda do Pantufa, do Dartacão, do D’Aires, do Barbas e, claro, da Punk;
e todos os outros, que têm nome e personalidade, e que, na ânsia de nos cativarem, como que dizendo: “Leva-me para casa, ou, pelo menos, faz-me um carinho!”, se dão logo a conhecer.

O Cantinho poderia fazer mais e melhor? Sim, claro, toda a gente poderia!
Mas cabe-nos a nós, os que dizem ser amigos dos animais, deitar mãos à obra e ajudar. O Cantinho sozinho não consegue e é nossa função reforçar os alicerces de tão nobre missão. Os animais precisam!

Não basta dizer "Eu sou amiga/o dos animais!" e partilhar fotos de apelos nas redes sociais. As verdadeiras vítimas da nossa crueldade precisam de nós! Os animais do Cantinho precisam e suplicam por isso. Uma única festa na cabecita fá-los ficar felizes, pois não são exigentes. A mim, uma única lambidela, faz-me sonhar e viajar para um mundo de fantasia onde humanos e animais coabitam em paz e onde o respeito e solidariedade reinam.

Por melhor que os animais sejam tratados, como é no caso do Cantinho, um abrigo é um local triste para animais, até porque a maioria deles já teve uma família onde recebiam carinho e foram abandonados. Os animais estão em boxes, colectivas ou individuais, e sentem muita falta de contacto humano. É nosso dever (eu pelo menos entendi e respondi a esse apelo interior, levando a minha ajuda) dar alegria de viver para esses animais e, principalmente, ajudar na divulgação deles para que tenham a oportunidade de serem adoptados por uma família de verdade.

Sinto que, além do trabalho que faço em ajudá-los, torno-me (bem como todos os outros voluntários que também lá vão, poucos, mas bons), essencial na vida de cada focinho carente, pois a atenção e o carinho que eles recebem de nós é o que dá forças para eles continuarem lutando pela vida e pela felicidade!

Deixo o meu testemunho do tão bom que é ser voluntária no Cantinho (na interacção com os animais acolhidos), na ânsia que mais me sigam, ainda que esporadicamente. O que é que custa dar 2 ou 3 horas do nosso tempo em prol deles? O que é que custa deixar-lhe um sorriso na cara? O que é que custa fazê-los esquecer do angustiante passado que tiveram e do trauma de abandono? Também nós, na situação deles, gostaríamos de ser reconfortados....

Basta de impassividade e está na hora de aceitar o desafio de ser voluntária/o no Cantinho (e/ou mesmo adotar). A vossa vida mudará para melhor, garanto. Está na hora de descruzar os braços e agir!

Aguardamos todos por vocês,

Ana Santos, sócia nº3699 e voluntária no Cantinho dos Animais

terça-feira, fevereiro 12, 2013

Estou em dívida para com este sítio... Não tenho grande experiência com blogues, nem sei mesmo se isto funcionará. Mas serve esta mensagem para me desculpar, pois há algum tempo atrás, nas minhas primeiras visitas ao CAT, como voluntária, pedi para que me fosse dada a hipótese de escrever sobre a minha experiência lá e sobre todos os meninos e meninas, as suas histórias diárias, enfim...Porém, o tempo foi passando, as minhas idas ao CAT intensificaram-se (e ainda bem!) e esta parte da escrita e do computador foi ficando para trás! Assim, não prometo nada, mas vou tentar ser "mais responsável" neste aspeto daqui para a frente, já que mais não seja pela importância que tem a divulgação do dia-a-dia do CAT. Até breve! Laurinda - sócia n.º 1793 e voluntária no Cantinho